A questão da construção de relações de preferências quando as alternativas de políticas públicas são apresentadas
Fecha
2011Autor
Cova, Carlos José Guimarães
Cruz, Eduardo Picanço
Fontanillas, Carlos Navarro
Silva, Fabio do Nascimento Siqueira da
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Mostrar el registro completo del ítemResumen
O presente trabalho é fruto de um grupo de pesquisas em Administração Pública da Universidade Federal Fluminense que investiga os óbices da gestão orçamentária pública. Atualmente o modelo orçamentário brasileiro é sobremaneira sofisticado que muitos agentes públicos, principalmente os dos pequenos e médios municípios, não conseguem atender aos requisitos gerenciais que a legislação brasileira exige. O presente texto, em particular, aborda a necessidade de os agentes públicos se preocuparem com a construção de uma relação de preferências no momento de decidirem acerca de ações e/ou políticas públicas. Esse fato se dá pela característica dos bens públicos e sua respectiva percepção de utilidade por parte do cidadão, e por que não dizer do próprio agente público. Para tal recorre-se a pesquisa bibliográfica para fundamentar as afirmações sustentadas, exploratória para investigar uma área de estudo ainda deficiente no Brasil e descritiva para que o leitor entenda os conceitos apresentados. Para tal, parte da investigação das condições de eficiência relativas às alocações dos recursos na sociedade, destaca a complexidade de questão que envolve a escolha social, descrevendo os requisitos descritos por Arrow para produção de uma "efetiva função de bem-estar social". Como conclusão, o artigo destaca o trabalho de Musgrave, que se faz necessária uma técnica pela qual os indivíduos sejam induzidos a revelarem suas preferências acerca das necessidades sociais, bem como, se possa fazer uma escolha entre todas as soluções ótimas no sentido de Pareto. Quanto à contribuição de Stiglitz, o texto destaca sua argumentação, no tocante a decisão que, dado que as chances de um único voto afetar o resultado das eleições serem ínfimas, o eleitor tenderia a comparar o benefício marginal de seu voto, com o custo marginal de ter que ir votar, e racionalmente deveria optar por não votar. Porém, a prática mostra que ainda assim os indivíduos votam. A solução para este paradoxo seria quase tautológica: haveria uma responsabilidade cívica e um benefício decorrente da participação no processo político.