Assistência social no Brasil: avanços e obstáculos no pós-Constituição de 1988

View/ Open
Date
2014Author
Cunha, Wellington Alvim da
Arlindo Silva, Edson
Rodrigues de Oliveira, Adriel
Rodrigo da Silva, Samuel
Metadata
Show full item recordAbstract
Os últimos 25 anos no contexto sociopolítico brasileiro foram marcadas por profundas transformações, tendo como pano de fundo a democratização e a reforma do Estado. Este ensaio teórico, por sua vez, busca compreender os direcionamentos e a natureza da política de assistência social nesse período, a partir da análise dos diferentes governos no trato das questões sociais, objetivando compreender as opções adotadas pelo Estado brasileiro. Para tanto, buscou-se contextualizar as características centrais da política de assistência social nas décadas de 1990, 2000 e 2010. Nesta perspectiva, efetuou-se um pesquisa bibliográfica apresentando o desenvolvimento da política de assistência social posterior a Constituição de 1988, destacando as contribuições e particularidades dos diferentes governos. Pode-se verificar que a gestão Política de Assistência Social obteve grandes avanços com leis, programas, projetos e serviços. Averiguou-se, que algumas das principais avanços nesses vinte e cinco anos foram: i) regulamentação da participação social no controle das políticas sociais, ii) institucionalização e regulamentação dos marcos da política de assistência social, de leis, decretos e normas; iii) Criação de programas de transferência de renda iv) adoção de um Sistemas Único de gestão e organização da assistência social; iv) maior disponibilidade de recursos orçamentários para as políticas sociais, de forma a que estas possam ser suficientemente massivas frente ao contingente de pobreza a ser enfrentado; v) intensificação de práticas intersetoriais, com a busca de uma integração cada vez maior de programas e ações; vi) realização sistemática monitoramento e avaliação das políticas sociais. Como desafio, verificou-se: maior participação dos Conselhos no planejamento democrático e participativo, precarização dos condições de trabalho dos profissionais que compõe o sistema de proteção, pouca articulação entre a rede de serviço socioassistenciais e ainda a superação de práticas assistencialistas. Por fim, percebeu-se que nessas duas décadas e meia, as ações do governo federal, estaduais e municipais envidaram esforços para a implementação, expansão e consolidação de uma ampla rede de proteção e promoção social, fato que tem permitido o país avançar no enfrentamento da pobreza, da fome e da desigualdade, e também a incidência de vulnerabilidades e riscos sociais que atingem as famílias e indivíduos do país.