Choque de gestão, certificação ocupacional e competências: o caso do Estado de Minas Gerais

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Date
2007-10Author
Scianni, Marcelo Alvim
Rodrigues, Marco Aurélio
Paes de Paula, Ana Paula
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A reforma gerencial promovida no Estado de Minas Gerais desde o ano de 2003, tem como uma de suas bases a busca pelo aprimoramento da política de recursos humanos. Neste contexto, a gestão de pessoas orientada por competências ganha importância e diversas ações vêm sendo planejadas e desenvolvidas com o objetivo de consolidar esta visão. Dentre as ações previstas para esta nova política de recursos humanos, se encontra a certificação ocupacional dos cargos comissionados do Estado, no sentido de evitar a perpetuidade do critério de indicação política em detrimento da competência técnica e administrativa. Para operacionalizar o processo de certificação, foi elaborada uma parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais para a construção de uma metodologia de certificação ocupacional para o cargo de Diretor de Planejamento, Gestão e Finanças. Adotou-se para esta construção um conceito de competências que desloca o foco do estoque de conhecimentos e habilidades para a forma como cada pessoa mobiliza seu estoque e repertório de conhecimentos e habilidades em um determinado contexto, de modo a agregar valor para a organização na qual está inserida. Assim sendo, a certificação ocupacional se pautou pela avaliação do estoque de conhecimentos acumulado e o potencial para o desempenho, baseado no grau em que se encontra cada uma das competências essenciais para a função a ser desempenhada. Para a condução do processo a equipe da UFMG estabeleceu as seguintes etapas: a) definição ou configuração de um marco legal; b) escolha de metodologia de análise ocupacional; c) definição de atividades e instrumentos de avaliação; d) definição de procedimentos para a certificação; e) definição de metodologia para transpor os perfis a programas de formação. Como resultados finais apontam-se algumas limitações, mas sem dúvida o processo representou um avanço no que se refere ao preenchimento de cargos comissionados, antes atrelados apenas ao critério de indicação política.