Gabinete de Crises: importante instituição para o processo decisório
Resumo
O objetivo do trabalho foi demonstrar as várias atividades do gabinete de crises e os seus desafios o. apresenta uma breve descrição de algumas ferramentas de apoio à tomada de decisão e sobre a importância de sistemas de informação e da sala de crises. A busca constante da informação e do conhecimento é tarefa diária da secretaria de acompanhamento e estudos institucionais (SAEI), por ter como missão o acompanhamento de temas sensíveis com potencial de risco à estabilidade institucional; prover informações ao presidente da república e articular a prevenção e o gerenciamento de crises. Crise é entendida, no âmbito do GSI, como um fenômeno complexo, de diversas origens possíveis, internas ou externas ao país, caracterizado por um estado de grandes tensões, com elevada possibilidade de agravamento - e risco de sérias conseqüências - não permitindo que se anteveja com clareza o curso de sua evolução. Considera-se que as crises, em virtude de sua visibilidade política, tenderão a ser aproveitadas ou compartilhadas pelos mais diversos atores, existindo necessidade de coordenação governamental, antes que ocorra a sua eclosão. No Brasil, há setores com potencial de crise perene, como a questão agrária e a segurança pública. quando o foco de crises é constante, merece um acompanhamento diário por parte da secretaria, com a ajuda de outros órgãos do governo diretamente envolvidos e que podem vir a desempenhar alguma ação operacional na prevenção ou solução do problema, como o ministério da justiça, a polícia federal, a polícia rodoviária federal, dentre outros. Além disso, propicia uma interação entre lideranças políticas e eventuais líderes daqueles setores em que está ocorrendo a crise. O desenvolvimento de novos sistemas busca atender às demandas do gabinete de crises. Não se trata apenas de um trabalho inovador no setor público, mais do que isto, constitui-se em novas capacidades de articulação, prévias à tomada de decisões pelo presidente da república, aproximando a sociedade e suas organizações, pela possibilidade de ampliação sistêmica de interlocutores.