Desenvolvimento econômico local e o setor de microfinanças

Visualizar/ Abrir
Data
2003-10Autor
Fontes, Angela M. Mesquita
Diogo, Pedro Nogueira Gonçalves
Marchesini, Rodrigo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Apesar da crescente consolidação mundial do setor de microfinanças, no Brasil esse setor passou a se fortalecer durante a década de 1990 em estreita relação com as políticas de combate à pobreza e como uma tendência de estimular ações voltadas para a inclusão social. Com base em estudos e pesquisas realizadas (Perspectivas de expansão das microfinanças no Brasil, 1999; O Processo de Expansão das Microfinanças no Brasil, 2001), a autora pretende desenvolver uma análise acerca do crescimento do setor, partindo da constatação de que o mesmo ainda é pouco conhecido por seus próprios atores, dificultando uma atuação qualificada, bem como o desenvolvimento de instrumentos adequados à concretização de sua atividade-fim. O trabalho a ser desenvolvido também apóia-se em estudo quantitativo das Instituições Operadoras de Microcrédito -IOMs, o qual permitiu a construção do banco de indicadores Microfinanças no Brasil, disponível para consulta na Internet no endereço http://www.ibam.org.br. Os dados sistematizados serão analisados em face de quatro recortes temáticos, cada um deles privilegiando um aspecto do setor, quais sejam: Desenvolvimento Institucional -DI, Gestão Estratégica -GE, Gestão Operacional -GO e Metodologia Creditícia -ME. Complementarmente, também serão apresentadas, com base em estudo qualitativo, as principais diferenças de atuação, no que tange às estratégias territoriais e operacionais e definição de seu público-alvo, tomando como referência três modalidades de instituições (Sociedade de Crédito ao Microempreendedor - SCM, Organizações Não Governamentais e Cooperativa de Crédito). Portanto, um dos planos de análise privilegiará a adequação do marco legal do setor às diferentes formas institucionais existentes. Os limitados recursos para composição do fundo de crédito, as dificuldades metodológicas para se operar microcrédito em um país de dimensões continentais e o próprio embate das diferentes concepções existentes acerca das microfinanças tornam incerta a capacidade de expansão deste setor. Por outro lado, a capacidade criativa e a articulação das IOMs, além da entrada de novos atores no setor criam possibilidades de aceleração da expansão. Estes e outros fatores tornam a temática da construção do setor de microfinanças imprescindível para o debate sobre os modelos de desenvolvimento econômico vigentes no país em face do desafio da redução da pobreza.