Em busca da coerencia entre propósitos, métodos e organizaçao: a articulaçao regional na perspectiva do postulado de coerencia de Mário Testa
Resumo
Na 17a. Coordenadoria Regional de Saúde - CRS, com sede no Município de Ijuí, Estado do Rio Grande do Sul, o delineamento central do trabalho é a construção de espaços que sejam propulsores de sujeitos amorosos e epistêmicos, onde destacam-se aproximações, conflitos, geração de processos articuladores, desencadeadores de novas possibilidades de novas possibilidades de intervenção no processo loco-regional da construção do Sistema Único de Saúde e da construção dos sujeitos. Destaca-se a apropriação institucional que desencadeia mobilização de núcleos internos (da 17a. CRS) e externa, na busca da construção de redes de acolhimento, de identidades, de desejos, de trajetórias que fazem surgir novas perspectivas que rompem com a desesperança instalada de forma a congelar o futuro. Esta mobilização que possibilita a construção de novos processos desencadeia novos diagnósticos e gradualmente vai consolidando a caminhada com a presença de novos atores: profissionais dos municípios, Conselhos de Saúde, Poder Executivo e Legislativo. Este entrelaçar possibilita a resignificação da própria história da Coordenadoria e das instituições da rede envolvida. Propõe-se, também, a criação de novos instrumentos de resignificação do cotidiano na medida que se interage com outras políticas públicas com o objetivo de perceber e intervir nas exclusões vitalizando processos coletivos. Trata-se da produção de novas organizações. A relação entre organização, método e propósito de governo integra o Postulado de Coerência proposto por Mário Testa. Em relação aos Propósitos de Governo e o Papel do Estado assumimos a heterogeneidade do papel do Estado e a inclusão da mudança como propósito de governo, neste momento, no Estado do Rio Grande do Sul. Para dar conseqüência ao propósito da mudança, trabalha-se na perspectiva da resignificação da história das organizações, que, a partir de Mário Testa tem a importância de não repetir os erros e de não repetir a história dos outros. A mudança é entendida como a expressão de inovações em uma nova institucionalidade, ou em um novo desenho organizacional, processo que exige a coerência com a Teoria e os Métodos. Em um governo de mudança o método não é o da democracia formal e os sujeitos sociais, que fazem as mudanças não são sujeitos constituídos fora ou anterior ao processo. O método, a forma de gestão interna e de articulação regional é espaço de constituição dos sujeitos. Assim, a partir do conceito de política de Mário Testa, colocamo-nos o desafio de propor, visualizar e direcionar processos construtores de vida e de possibilidades.