Organizações sociais de cultura no Estado de São Paulo: perfil dos dirigentes na implementação do modelo

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Date
2008-11Author
Alcoforado, Flávio Carneiro Guedes
Cacique Moraes, Tiago
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A emergência de novos modelos e arranjos organizacionais, como as Organizações Sociais, com foco em resultados pactuados em contratos de gestão, impôs a exigência de novas posturas e conhecimentos por parte dos dirigentes de serviços e atividades públicas não-exclusivas de Estado. As antigas práticas de clientelismo e loteamento de cargos perdem vigor com a contratualização de resultados e a imposição de desafios de gestão focados em resultados. As Organizações Sociais da área da Cultura no Estado de São Paulo foram implantadas a partir de 2004 e o seu advento ocasionou uma mudança nos perfis de dirigentes necessários à condução dos serviços e projetos que foram absorvidos por essas organizações. Já houve uma mudança de Governo e duas mudanças de comando na área da Cultura do Estado, desde a implantação do modelo, e pode-se verificar o amadurecimento do modelo em relação à profissionalização dos dirigentes, muito embora outros aspectos organizacionais ainda precisem ser aperfeiçoados, como a tendência à departamentalização e pouca profissionalização da Entidade Supervisora, que não acompanha os avanços verificados nas OS. Por outro lado, o Estado também é compelido a se profissionalizar e agregar competências de gestão aos seus dirigentes e supervisores dos contratos de gestão, especialmente incumbidos da formulação da política pública da área e de seu monitoramento e avaliação. Este artigo descreve o processo de implantação das OS de Cultura do Estado de São Paulo e faz uma avaliação da mudança de perfil para a Secretaria de Estado e para as entidades parceiras qualificadas como OS, demonstra como foi escolha dos primeiros dirigentes das OS de cultura e seu respectivo perfil, discorrendo as dificuldades encontradas pelos mesmos no processo de implantação. Também analisa as mudanças posteriores de comando em tais OS, decorrentes da busca por novos resultados e maior profissionalização de seus dirigentes, assim como as exigências do Estado com relação a tudo isso.