A gestão de uma rede de políticas : o caso do Comitê das Entidades Públicas no Combate à Fome e pela Vida

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Date
2002-10Author
Fleury Teixeira, Sonia Maria
Migueletto, Danielle Costa Reis
Bloch, Renata Arruda de
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As redes de políticas estão cada dia mais presentes no campo das políticas sociais, como conseqüência da complexidade dos problemas enfrentados, da variedade de atores envolvidos e da incapacidade de cada um destes atores -governamentais ou não- deter os recursos necessários para enfrentar eficazmente os problemas que se apresentam. Se as redes de políticas sociais aparecem como a solução encontrada neste contexto, a gestão de uma estrutura reticular, que requer a permanente mobilização, a coordenação dos diferentes atores e das suas interdependências, não é uma questão simples. A experiência do COEP ilustra estas questões. O Comitê das Entidades Públicas no Combate à Fome e pela Vida (COEP) é uma rede formada por um grupo de empresas estatais brasileiras, que buscam convergir esforços para debelar a situação de miséria no país. Ao longo do tempo, essa rede se expandiu significativamente, incorporando órgãos de governo, empresas privadas e entidades da sociedade civil. A expansão da rede transformou a sua própria estrutura inicial, resultando num complexo modelo de gestão orientado para a formação de consensos e coordenação de interdependências. Um dos principais sucessos da constituição do COEP, na forma de um arranjo organizacional reticular, se deve ao entendimento, pelas entidades associadas, que a fragmentação da ação social do governo representa um entrave aos programas de desenvolvimento e à otimização dos recursos públicos e, nesse sentido, a articulação em rede é considerada um ponto chave para o tratamento das questões sociais, ainda que também apresente desafios próprios para uma gestão eficaz.