A adoção do planejamento estratégico na 5ta. região da justiça federal brasileira
Abstract
A justiça federal da 5ª região, que compreende 6 estados do nordeste brasileiro (Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará), implantou uma das mais modernas tecnologias de gestão da atualidade, comparável às instituições de ponta no campo gerencial: o planejamento estratégico, desdobrado até os níveis operacionais, trazendo uma verdadeira gestão empreendedora para uma das organizações mais tradicionais do Estado, o poder judiciário. Método de implantação foi desenvolvido através de um sistema de crenças, que priorizou a mudança dos agentes internos à organização, produzindo um plano participativo, após uma capacitação de integrantes de todas as áreas da 5ª Região. Este grupo foi denominado de Escritório da Qualidade. Após o processo de treinamento dos componentes do escritório de qualidade, foi realizado um seminário com cerca de 60 magistrados e servidores, que validaram e colaboraram com mais sugestões para o planejamento. O plano foi concluído, após 90 dias, com 5 estratégias, desdobradas em 32 projetos estratégicos, com cerca de 350 ações, monitoradas por 17 indicadores de desempenho, criados através do Balanced ScoreCard. Após a concepção do plano, este foi intensamente divulgado e disseminado através de seminários por toda a região, para todos os magistrados e servidores, com a presença do desembargador-presidente, do Escritório da Qualidade e de juízes convidados de outras regiões. Na divulgação, foram formados os comitês regionais, que tinham a função de atuar informalmente para desdobrar, no âmbito regional, todas as ações previstas no plano central, bem como sugerir novas ações, de acordo com a especificidade de cada área. Um processo intenso de capacitação foi iniciado, com a formação de multiplicadores internos, que trataram de treinar em ferramentas básicas de gestão, todos os servidores, totalizando 3000 pessoas capacitadas em gestão de processos, eficácia de resultados, gestão de pessoas e ferramentas da qualidade. Este processo representou um avanço notável na direção da administração pública gerencial no poder judiciário, normalmente tão carente de tecnologias de gestão modernas, com foco no cidadão e em resultados efetivos.