Escolas de administraçao : a busca da excelencia
Fecha
2001-11Autor
França Martins, José António Bagulho
Ruivo, Vítor Manuel
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Esta comunicação visa identificar os requisitos básicos, os atributos adicionais e os limites à intervenção das escolas nacionais de administração na procura da excelência. Identificámos quatro requisitos básicos: qualidade, relacionamento institucional, contributo para as reformas e orientação para o produto final. Os requisitos básicos de qualidade são: uma boa colocação institucional; recursos suficientes mas não excessivos; sistemas de incentivos à formação para motivar participantes; rigor e flexibilidade na selecção dos docentes; acompanhamento da modernidade no "syllabus"; e qualidade das publicações. Os requisitos básicos do relacionamento institucional e com os parceiros são: uma relação saudável e descomplexada com a administração nacional e regional, com as universidades e com os parceiros empresariais e sindicais; capacidade de competir no mercado da formação, público e privado; participação em exercícios de auto e hetero avaliação; e abertura à comunidade envolvente. Os requisitos básicos de contribuição para o movimento de reformas e modernização da administração são: a participação em observatórios, "benchmarks", estudos de impacto de políticas públicas e de desempenho institucional; e a participação activa em congressos e reuniões internacionais. O requisito básico de orientação para o produto final, o educando, exige que a escola esteja preparada para formar participantes: com bom nível intelectual; abertos à inovação e mudança e capazes de a protagonizar; assumindo uma irrepreensível ética de cidadania; mostrando capacidade de aquisição de conhecimentos e de atitudes para permanente aprendizagem e aplicação; e adaptabilidade a novas situação. Os atributos adicionais destas escolas são: a capacidade de gerarem os futuros protagonistas do poder; a capacidade de produzirem investigação autónoma; relacionamento internacional relevante; independência política, dentro da lealdade à maioria política democraticamente formada; e capacidade para atrair a melhor administração ao exercício do ensino, pela participação em estágios, licenças sabáticas, conselhos de acompanhamento. Os limites de intervenção das escolas nacionais de administração são definidos por forma negativa: uma escola de administração não é uma universidade, nem um laboratório do estado, produtor de investigação "a pedido"; uma escola de administração não é uma fábrica de diplomados em conhecimento adicionais, cujas capacidades se esgotem à medida de obsolescência do "syllabus"; uma escola de administração, sem deixar de ser um núcleo de pensamento livre e crítico, não é um centro de contra-poder.