Armadilhas cognitivas : especialidades, especialismos e limitaçoes na educaçao superior em administraçao

Visualizar/ Abrir
Data
2000-10Autor
Crubellate, Joao Marcelo
Gimenez, Fernando Antonio Prado
Mendes, Ariston Azevedo
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O presente texto pretende analisar situacao peculiar aos cursos de Administracao, no Brasil e também em termos internacionais, que é sua dependência para com discursos de outras áreas do conhecimento, tomados no âmbito das graduacoes em Administracao como alternativas estanques e fechadas em si, respostas definitivas aos problemas organizacionais. Nao se trata de acusacao contra áreas de conhecimento que contribuem para a formacao do conhecimento administrativo, mas sim o apontamento de que, pela ausência de aspectos formacionais imprescindíveis a indivíduos que se pretendam agentes de realidade tao complexa quanto é a das organizacoes e da própria sociedade contemporânea, aqueles conhecimentos diversos -informacoes- sao tomados acriticamente, por quase completa incapacidade analítica dos graduandos em Administracao. As implicacoes desse fenômeno (a pretensa formacao universitária do administrador) vao desde limitacoes a uma prática administrativa até ao seu aprisionamento à política cognitiva que se configura mais por conta das subáreas especializadas dentro da Administracao. Conclui-se com dois pontos essenciais: primeiramente, a percepcao de que a formacao presente do Administrador -norteada pelo funcionalismo das subáreas especializadas- nao é mais condizente com demandas do contexto socio-organizacional; além disso, questiona-se a possibilidade de que, em qualquer momento futuro, venha a se configurar algum modelo de prática administrativa que escape do mero papel de instrumento intermediador das relacoes de dominacao e ordenamento da sociedade.