O papel da formaçao de quadros na gestao democrática do estado do Rio Grande do Sul

Abstract

A Administração Pública representa um dos instrumentos mais importantes para a implementação das políticas de governo. O sucesso ou o fracasso das políticas públicas, das políticas de governo e, inclusive, das políticas de Estado está diretamente vinculado à performance das instituições estatais e governamentais em termos de efetividade e qualidade institucional. Relembremos que o Estado se exprime por órgãos públicos e, em última instância, por servidores públicos, que são instrumentos ou meios de ação pelos quais se coloca em condições de relacionar-se com os cidadãos.

Apesar de alguns estudiosos apontarem para a existência de uma burocracia brasileira, a profissionalização da gestão pública jamais foi objeto de investimento decidido e contínuo. Nesse contexto o RS não era exceção.

Entretanto, a partir de janeiro de 1999, quando uma Frente Popular, composta por partidos de esquerda, assume o governo do Estado do Rio Grande do Sul, comprometida com uma gestão democrática e participativa, o servidor público passou a receber uma atenção especial por parte do governo, em função do papel estratégico que tem na Administração Pública. A opção foi trabalhar sobre um perfil de servidor público para o setor público, o que significa: formá-lo nos problemas do país, tendo uma alta porcentagem de formação sobre o contexto; conhecer a fundo os problemas da sociedade nacional, com todos os detalhes, em todas as suas implicações, porque onde seu real conhecimento da situação social, da situação econômica, das implicações de todo tipo no país, é decisivo para a formação.

Este artigo, enfim, foca especificamente o papel da formação de quadros na gestão democrática do Estado do Rio Grande do Sul, particularmente os quadros estratégicos, que devem ser formados para uma organização pública do tipo que estávamos mencionando, ou seja, uma organização flexível, aberta para a participação, ao invés de ser formado para reproduzir o modelo "weberiano", o velho modelo de uma organização rígida, autocrática, vertical, autoritária. A busca é formar um servidor público comprometido com os grandes problemas nacionais, interessado seriamente e envolvido com os grandes problemas nacionais.