Modernização e políticas públicas à luz da Teoria da Delimitação dos Sistemas Sociais

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Date
2014Author
Azevedo, Ariston
Albernaz, Renata Ovenhausen
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Modernidade e modernização são conceitos já consagrados no campo científico da administração pública. É sabido que, desde a clássica distinção entre sociedade em estágio primitivo e sociedade mais evoluída , elaborada por Adam Smith em seu A Riqueza das Nações, a temática da modernidade e da modernização, assim como a de seu corolário principal, o desenvolvimento, tem sido objeto de debate intenso. No caso das teorias de modernização, houve intenso debate sobre a noção parsoniana de universais evolucionários (presença intensa da burocracia, economia de mercado, normas universalísticas e generalizadas e democracia), que apontavam para a possibilidade de convergência das sociedades contemporâneas para uma mesma configuração social básica, qual seja, aquela em que os quatro universais evolutivos teriam adquirido força de instituição, exemplifica, principalmente, pelos EUA. As chamadas teorias das múltiplas modernidades vêm contrapor o serialismo a que induz a proposta parsoniana, adotando a possibilidade de haver vários caminhos para a mudança social de caráter modernizante. Nessa linha está grande parte dos teóricos latino-americanos, em especial os chamados sociólogos da modernização, por exemplo, no Brasil: Alberto Guerreiro Ramos, Florestan Fernandes, Alvaro Vieira Pinto, Raymundo Faoro; na Argentina: Gino Germani; no México: José Castelazo. O presente texto explora essas duas vertentes para, a partir delas, estabelecer um horizonte analítico da modernização na administração pública.