Diagnóstico de clima e da dinâmica da informação e conhecimento organizacional: alicerce para implantação da gestão do conhecimento
Abstract
Uma das críticas ao conceito de gestão do conhecimento é a pouca atenção que se dá aos fatores humanos e sociais. De fato, é na interação social que ocorre a cognição humana e, conseqüentemente, a criação de conhecimento. Da mesma forma, as definições de uso, disseminação e avaliação do conhecimento também são definidas nas interações sociais. Dessa forma, os sistemas de gestão de conhecimento devem levar em conta, obrigatoriamente, levar os fatores humanos, sociais e organizacionais, por definição. Essas peças são vitais para um eficiente sistema de gestão de conhecimento. O componente organizacional na gestão do conhecimento tem outra função: é na interação das pessoas dentro das organizações que se percebe a complexidade e as sutilezas de conseguir descobrir que conhecimento é o desejado e que cargos precisam de que conhecimento para desempenho efetivo de suas funções, requisito essencial para o desempenho satisfatório das organizações, sejam públicas ou privadas. Considerando (i) a organização um sistema com múltiplas finalidades ou funções que envolvem, por sua vez, múltiplas interações entre seus componentes, a organização em si e seus diversos ambientes de atuação; (ii) que o conhecimento está em todas as esferas e áreas da instituição, sejam elas públicas ou privadas e (iii) o fato da interdependência das diversas unidades organizacionais, faz-se necessário estudar e aplicar mecanismos que permitam aos administradores implantar e implementar um sistema de Gestão do Conhecimento com o objetivo de utilizar a informação, a experiência, o conhecimento, as habilidades e as atitudes existentes na equipes de trabalho a fim de gerar satisfação e valor para os indivíduos e para a organização. Discute-se, neste paper, a importância do diagnóstico de clima e do mapeamento de competências como um dos principais instrumentos que antecedem a implantação e implementação de um sistema de gestão do conhecimento na organização. Mostra-se a importância da utilização desses instrumentos por funcionarem como termômetro, que permite entender a situação da instituição com relação ao seu conjunto de competências e cada dimensão avaliada que influencia o clima seus pontos fracos e fortes e o perfil de potencialidades. Defende-se ainda, serem as competências organizacionais e individuais geradoras de valor econômico e o reconhecimento de sua importância do uso estratégico do diagnóstico de clima e do mapeamento de competências para o Ministério de Minas e Energia. A conclusão mostra que não é possível determinar precisamente um único caminho certo para definir a implantação da Gestão do Conhecimento em uma organização, mas é consensual que deve vir precedido de um diagnóstico que mostre a percepção dos profissionais da organização.