Modelos de formação de dirigentes públicos: análise comparativa

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Date
2007-10Author
Ferraz, David Alexandre Correia Rodrigues
Arantes, Amílcar
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O recurso à formação é hoje uma prática corrente nas organizações públicas e privadas, de pequena ou grande dimensão, sendo utilizada como meio de resposta às necessidades sentidas quer pela organização, quer pelo indivíduo. Acredita-se que os dirigentes públicos, além de dinamizadores da mudança, são o elo de ligação entre o poder político e a Administração, contribuindo para o sucesso, ou insucesso, das políticas públicas. Esta crença contribui para o fortalecimento da necessidade de qualificar e formar este grupo profissional, responsável pela gestão de recursos públicos. Muitos países da OCDE, apercebendo-se da importância que a formação tem no desempenho das organizações públicas, têm debatido a questão da formação dos seus dirigentes públicos, acreditando que a solução para uma correcta aplicação das políticas públicas assenta numa correcta preparação dos seus dirigentes. Essa preparação e formação deverá contribuir para a correcta implementação das políticas de governo, para a coordenação e agilização do processo de mudança, para o desenvolvimento de uma cultura centrada no cidadão e na comunidade e para a coordenação de recursos e de esforços, rentabilizando qualitativamente os investimentos realizados. Por tudo isto, o investimento na avaliação dos programas de formação de dirigentes, de forma a (re)definir ou alterar as políticas de formação desse grupo profissional, é fundamental. Uma das formas de avaliar essas políticas, sem prejuízo de outras que a complemente, consiste na comparação com outros programas internacionais com vista à identificação de boas práticas. Este artigo pretende fazer uma avaliação comparativa de base internacional. Serão explicitados estudos de caso dos seguintes países: Portugal, Alemanha, França, Reino Unido, EUA, Chile, entre outros possíveis. Terminamos esta análise com uma apresentação mais aprofundada do CADAP internacional e com a enunciação de um conjunto de tendências internacionais que se verificam nos diversos modelos de formação de dirigentes públicos.